quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Transtorno do Espectro Autista

Um diagnóstico mais discutidos atualmente, principalmente após a novela global, o Autismo tem ganhado espaço tanto na mídia televisiva quanto na literária e por isso mexido muito com o que a população considera sobre o assunto. 




Mas então, o que é o tal do autismo?

Consiste em um transtorno que apresenta características como, principalmente, o desenvolvimento comprometido da interação social e da comunicação. As manifestações dependem e variam muito de pessoa para pessoa, da idade e do nível de desenvolvimento.

Abaixo um vídeo explicativo legendado, com um ótimo exemplo que ajuda a compreender melhor o transtorno:



E como vou saber se alguém é autista?

Bem, o diagnóstico em sí deve sempre ser feito por um profissional qualificado, médico, psicólogo, etc. Mas existem algumas características que podem ser observadas:


É comum perceber-se o transtorno desde a infância, mas não deve-se por isso imaginar que atinja apenas elas, adultos também podem ter o diagnóstico, que pode não vir sozinho, mas acompanhado de algum outro transtorno do neurodesenvolvimento, como os da fala ou até algum tipo de deficiência intelectual.


É claro que a pessoa não precisa apresentar TODOS os sintomas nas imagens acima, mas uma grande maioria. 

No DSM-5 temos os seguintes critérios para diagnosticar:
- Dificuldade persistente na comunicação e interação social, percebido atualmente ou na história anterior da pessoa como;
       - Dificuldade afetiva, na forma de expressar e demonstrar suas emoções;
       - Dificuldade na forma de se comunicar, verbal ou não verbal;
       - Dificuldade em compreender os relacionamentos, em se ajustar socialmente;
- Comportamento restrito e repetitivo, como:
       - Movimento, uso de objetos e fala estranhos e/ou repetitivos;
       - Não consegue aceitar bem as mudanças, nem que pequenas;
       - Interesse fixo e intenso em algo;
       - Ter resposta intensa ou inexistente a estímulos sensoriais ;
- Sintomas presentes no desenvolvimento, mas podem aumentar quando surgem mais demandas sociais;
- Os sintomas causam algum tipo de prejuízo e sofrimento em algum âmbito da vida da pessoa (escola, trabalho, em casa, etc);
- Ver se os sintomas não são melhores explicados por deficiência intelectual (mas pode ter comorbidade - ou seja - ter ambas);



É tudo igual? Tem gravidade? Como ver isso no autista?

Existem diferentes gravidades no autismo, e dificilmente um autista terá exatamente as mesmas características e sintomas que o outro. Alguns podem ter também:
- Comprometimento intelectual;
- Comprometimento da linguagem;
- Associada a alguma condição médica ou genética;
- Associado a outro transtorno do neurodesenvolvimento;
- Com catatonia (nesse caso a pessoa fica completamente parada, acordada mas parecendo uma estátua humana, não se move nem responde a nada);

Sobre a gravidade a pessoa pode estar em 3 níveis:

Nível 1 - Exigindo apoio: No caso da comunicação se estiver sem apoio existem prejuízos, por exemplo, a pessoa consegue conversar e fazer frases complicadas, mas de contexto estranho gerando muita dificuldade de fazer amizades. Sobre os comportamentos, são bem inflexíveis, ou seja tem dificuldade em trocar de atividade, com problemas para se organizar e planejar coisas, prejudicando a independência.

Nível 2 - Exigindo apoio substancial: Na comunicação apresenta dificuldades graves, mesmo com apoio, com comunicação verbal limitada, por exemplo a pessoa que fala frases bem curtas e simples, sobre temas bem reduzidos e com comunicação não verbal estranha. Dificuldade mais acentuada em lidar com mudanças, inclusive em suas atividades que são mais inflexíveis e rígidas e mais perceptíveis ao olhar dos outros, com sofrimento e dificuldade em mudar seu foco e ações.

Nível 3 - Exigindo apoio muito substancial: Dificuldade grave na comunicação, com resposta mínima de abertura a contato social que parte do outro, por exemplo, pessoa que fala mas poucas são as palavras compreensíveis, que responde apenas a abordagens bem diretas e dificilmente faz contato. Com comportamentos muito restritivo e repetitivo, com imensa dificuldade de mudança de atenção e ações, gerando grande sofrimento em todas as esferas.





Ok, mas como é o tratamento do autismo?

Bem, novamente, trata-se de um transtorno que ainda não tem cura, assim não existe um padrão de tratamento, portanto assim como a doença é diferente em cada pessoa, o tratamento também o é. O tratamento deve ser pensado para aquela pessoa em especial, ajudando ela nas dificuldades que ela em, assim precisa do apoio familiar, principalmente dos mais chegados, além de uma equipe multidisciplinar, ou seja, com vários profissionais de diversas áreas, visando o bem estar e a reabilitação do paciente.


Como a família pode ajudar um autista?

É claro que a família também sofre junto com o paciente com tudo o que se passa com ele. Ver uma pessoa que gostamos sofrendo também causa sofrimento pra nós. Portanto é muito importante que a família tenha apoio uns dos outros, não pode apenas um da família ficar sobrecarregado, é importante que todos participem ajudando o paciente e aos outros integrantes da família.
É claro que entender a pessoa autista, saber e aprender cada vez mais sobre o transtorno pode sempre ser útil e ajuda a perceber as coisas sob um outro angulo, alguns livros que acho ótimos para ler e de fácil compreensão são:






Se precisar apoio psicológico também é muito bom. Durante o tratamento é comum os profissionais irem dando dicas e ajudas para a família, como a compra de algum instrumento que ajude no dia-a-dia da pessoa, ou dicas de comportamento dos familiares para com a pessoa autista, mas isso depende sempre de cada caso. Não exite uma receita de bolo para isso, pois sonos humanos e diferentes uns dos outros.
Mas uma dica é a da imagem:


Então pessoal, deu pra ter uma ideia geral sobre o assunto? Alguma dúvida ainda? Podem deixar nos comentário ou me mandem por e-mail também psicologasamuelle@hotmail.com terei prazer em explicar tudo que quiserem.



Uma ótima terapia a todos ;)

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Transtornos na Comunicação

Olá! Então, hoje resolvi trazer para vocês um pouco mais dos transtornos do neurodesenvolvimento, especificamente os transtornos de comunicação.




Por que Transtornos do neurodesenvolvimento?
Principalmente, pois costumam ocorrer no período de maior desenvolvimento humano, ou seja, na infância. Mas vale ressaltar que também é por questões neuronais, ou seja, ocorrem tipos de mudanças físicas seja nos neurônios, nos neurotransmissores (a parte química do cérebro) etc.

Vamos lá ver eles então:


Transtorno da Linguagem:
É quando a pessoa tem algum tipo de dificuldade persistente tanto para aprender quanto para conseguir falar (tanto escrita, falada, libras, etc), isso ocorre porque a pessoa tem dificuldades em compreender e/ou também em conseguir realizar, por exemplo:
-Uso de pouquíssimas palavras;
-Frases mal ou pouco elaboradas;
-Dificuldade em discursar, ou seja, falar, explicar, colocar em palavras.
Obviamente esses prejuízos são perceptíveis pela idade, uma criança de 6 anos por exemplo não terá uma fala extremamente elaborada como um adulto de 30 anos, mas pode estar atrasada com relação a outras crianças da mesma idade. E também essa dificuldade não é devido a algum problema sensorial, como surdez, ou outro problema motor, neurológico, intelectual, etc.

Um exemplo bem conhecido aqui seria esse clássico amiguinho da infância:

Sim o Cebolinha da Turma da Mônica é uma ótima explicação, trocar letras, falar mais infantilizado que os outros amiguinhos de mesma idade, por sorte a turminha do Mauricio de Souza é bem legal com ele e não pratica Bullying com ele ;)


Transtorno da Fala:
Aqui a dificuldade é tanta que dificulta até mesmo na compreensão do que a pessoa está falando. Essa dificuldade costuma atrapalhar a pessoa em vários aspectos da vida, como nas relações sociais, na escola, trabalho. Como já falamos costuma começar na infância e não se deve a problemas como surdez ou algum tipo de patologia (doença).



Transtorno da Fluência com Início na Infância (Gagueira):
Bem acho que a palavra entre parenteses já é bem esclarecedora, mas vamos em frente.


Aqui ocorrem algumas perturbações na fala, como:
-Repetições de sons e sílabas;
-Prolongamento sonoro de algumas letras;
-Palavras interrompidas (pausas no meio da palavras);
-Bloqueio (no caso a pessoa faz pausas quando não deve ou fala em momentos que não encaixam);
-Circunlocuções (troca as palavras para falar apenas as mais fáceis);
-Muita tensão física;
-Repete palavras curtas (por exemplo, eu-eu-eu-eu acho);
Esses são vários tipos de gagueira, a pessoa não precisa ter tudo isso, mas tendo um ou mais desses sintomas pode receber o diagnóstico e assim iniciar o tratamento, que costuma também ter junto a ansiedade, que é causa/efeito dos diversos problemas sociais que a pessoa tem ao longo da vida.


Transtorno da Comunicação Social (Pragmática):
Aqui a comunicação com os outro é que tem prejuízo, normalmente em solilóquio (falar sozinho) ou quando fala com familiares ou amigos muito conhecidos a pessoa não tem essa dificuldade, mas com desconhecidos ou pessoas novas tem muita dificuldade.
Seria a pessoa que tem dificuldade até em dar um Oi, não sabe como se portar na fala e nos gestos nos diferentes contextos sociais, por exemplo, a forma de se comunicar em uma sala de aula ou em um shopping, com uma criança ou um adulto ou até falar formalmente de mais, todas são formas distintas de se expressar, mas a pessoa com TCS não consegue distinguir.
A pessoa provavelmente não conseguirá perceber os sinais do outro do que entendeu, gostou ou não, assim não repetirá quando preciso , nem fará pausas ou mudará o assunto. É comum ter dificuldade para entender piadas, metáforas, etc.
É obvio que a pessoa com esse diagnóstico tende a ter muitas queixas e problemas sociais, com imensa dificuldade em ter relações com outros, prejudicando sua vida escolar, amorosa, no trabalho, etc.

Transtorno da Comunicação Não Especificado:
Aqui é o clássico, quando a pessoa não satisfaz os critério exatamente,ou quando o tempo para avaliar é curto. Normalmente é utilizado para se fazer uma melhor investigação posterior.


Bem, entendi, mas isso não é para um Fonoaudiólogo?
Sim é claro que é, um fono pode sem duvidas ajudar muito! Mas vale lembrar que os prejuízos provocados por esses transtornos afetam o psicológico de todos e uma equipe multiprofissional pode ajudar.


Equipe multi-o-quê?
Multiprofissional, ou seja, uma equipe composta de vários tipos de profissionais, como o fono, psicólogo, enfermeiro, médico pediatra, etc. Uma equipe que trabalhe junta para ajudar sempre o paciente.

E a família? Como ajudar?
Bem essa vou fazer em tópicos para ficar mais claro.
-Se informar o melhor possível sobre o transtorno para poder informar o paciente também, principalmente se for criança;
-Buscar um tratamento adequado;
-Buscar livros ou outro material didático e conversar com os profissionais que estão cuidando do paciente;
-Tentar falar sempre corretamente, evitando falar de forma infantilizada com a criança;
-Falar com calma e com frases curtas para auxiliar na compreensão;
-Quando falar tentar ficar na mesma altura da criança e de frente;
-Não repetir os "apelidos" que a pessoa dá aos objetos, mas sempre usar seu nome correto;
-Estimular a comunicação;
-Com crianças conte e peça que lhe contem histórias;
-Não estimular erros, por exemplo, achar fofo que a pessoa fala infantilizado para a idade, ma não precisa castigar ou rir, apenas não estimular;
-Parabenizar quando a pessoa acerta.

Em caso de gagueira, a imagem acima já traz algumas informações, mas vale ressaltar:
-Ficar o tranquilo enquanto escuta;
-Não pedir para parar, se acalmar, ou algo do tipo, isso tende a aumentar a ansiedade;
-Não complete palavras nem frases;
-Nem lhe interrompa;
-Quando falar tente falar com calma para mostrar o modelo;
-Fazer expressões que está entendendo o que é dito (afirmar com a cabeça, expressar surpresa, sorrir, tristeza, em acordo com o que a pessoa diz);



E então alguma dúvida? Como sempre estou aguardando os comentários ;)

Boa terapia a todos ;)

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Deficiência Intelectual

Olá Pessoal!


Bem resolvi trazer esse assunto pois faz pouco que se passou a semana da pessoa com Deficiência Intelectual, foi dos dia 21 a 28 de Agosto.




Qual a importância sobre esse diagnóstico? 

Bem ele assusta principalmente as mães, que tem filhos com alguma dificuldade. Mas como saber se é mesmo algum déficit intelectual da criança?


Bem, vamos simplificar com este vídeo de uma boa profissional falando do tema:






Ok, então o que é essa Deficiência Intelectual?



Os critérios para esse diagnósticos (ou seja sintomas que a pessoa deve sentir) são:

- Dificuldades no raciocínio, para solucionar problemas, para planejar, entender coisas que não são tão materiais, mas mais abstratas, para ter um juízo saudável, para aprender na escola, e aprender com experiências da própria vida. Estes podem ser realizados testes de inteligência, devidamente aceitos e validados pelo Conselho Federal de Psicologia.

- Dificuldade em se adaptar aos padrões sociais de independência e responsabilidade, sempre precisando de apoio para resolver atividades diárias.

- Essas dificuldades intelectuais e adaptativas, citadas acima, ocorrem durante o desenvolvimento, ou seja, na infância.


Exemplos:
Temos diferentes tipos de gravidade, tentarei dar exemplo das quatro gravidades:

Leve: Na idade pré-escolar é mais difícil de perceber, normalmente sendo percebida na escola quando a criança apresenta alguma dificuldade nas disciplinas, como na leitura, escrita, matemática, tempo e dinheiro (esses últimos vistos mais em adultos). A pessoa pode também ter problemas na memória de curto prazo, ou seja aquela memória que temos pra decorar números rapidamente para digitar, por exemplo. Socialmente a pessoa aparenta ser mais imatura do que a sua idade real e é facilmente manipulada por outros. Na vida, em suas atividades conseguem desempenhá-la, mas costumam exigir algum grau de cuidados, principalmente nas compras, no inicio do emprego, transporte e cuidados com
filhos.

Moderada: Desde que são bem pequenos já apresentam alguma dificuldade no desenvolvimento, e maior dificuldade escolar, necessitando mais e auxilio para realizar suas atividades. Socialmente tem uma dificuldade em manter uma conversa, pois tem um vocabulário mais fraco, ou seja, só consegue falar e compreender palavras mais simples, contudo a pessoa ainda pode manter relações afetivas com muitas pessoas, mas para novas amizades requer auxílio. Na vida consegue se alimentar, se higienizar e ter cuidados primários consigo se passar por longo aprendizados, requerendo alguns lembretes as vezes. Capaz de trabalhar em situações mais simples se tiver apoio no inicio.

Grave: Grande dificuldade em habilidades como leitura, escrita, matemática, etc, tendo mínima compreensão. Fala muito reduzida por conhecimento precário do vocabulário, prende-se mais a acontecimentos do aqui e agora, com grandes dificuldades em entender o passado e o futuro. Relações com os outros são mais voltadas a família e a conhecidos. Precisam de apoio continuo na vida, na tomada de decisão, inclusive nos seus cuidados diários, como vestir-se, alimentar-se, higiene, etc. Consegue aprender algumas atividades, mas apenas com apoio e ensino muito prolongado. Podem ocorrer autolesão, ou seja, a pessoa se machuca propositadamente ou até mesmo sem saber que o fará.

Profunda: As habilidades da pessoa são bem mais voltadas ao mundo físico, utilizando-se matérias especiais para ajudá-la nas atividades diária. Socialmente consegue relações apenas com a família e cuidadores, mas fala muito pouco, compreendendo também poucas palavras e gestos. Depende sempre de outros para qualquer atividade do dia-a-dia, alguns até podem conseguir ajudar se não tiverem graves prejuízos físicos também.


Em crianças menores de 5 anos já podem-se perceber vários desses sintomas, principalmente voltados a seu desenvolvimento, contudo ainda se vê dificuldades em poder avaliar o intelecto, assim opta-se pelo diagnóstico de Atraso Global do Desenvolvimento, reavaliando-se após essa idade.


Já o diagnóstico de Deficiência Intelectual Não Especificada é utilizada quando não se consegue realizar uma avaliação completa, por exemplo em atendimentos emergências em hospitais, ou quando a pessoa avaliada apresenta também prejuízos como cegueira, surdez, mudez, etc que dificultam a avaliação, mas deve ser sempre reavaliada com o tempo.


Ok, acho que já entendi muito, mas como isso foi acontecer?



Bem, voltamos aquela velha explicação. Nada é por apenas um fator, mas sim vários. Pode ser genética, ou algum problema durante a gestação, ou durante o parto, ou tudo isso misturado. As causas podem ser muitas, mas vale lembrar que o importante a partir de então é o tratamento.


E tem tratamento? Cura?

Novamente saliento o fato da área psi ser uma área ainda pouco explorada e estar com muitos estudos ainda acontecendo, então respondo que ainda não há cura, mas o futuro está ai e quem sabe em algum momento se encontre. Por enquanto os tratamentos são mais educativos, ajudando os familiares e pessoas com o problema a tentar viver da forma mais feliz possível, conseguindo quebrar as barreiras tanto da doença quanto do próprio preconceito. 



Alguma duvida ainda? 
Qualquer coisa é só comentar, e se você for de Porto Alegre também será sempre muito bem vindo a minha clínica para conversar. Podem mandar e-mail também psicologasamuelle@hotmail.com




Boa terapia a todos ;)

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Bipolares

Pois então, preparados para encerrar os transtornos bipolares e relacionados?
Rapidamente vou explicar mais alguns transtornos relacionados e alguns especificadores, além de explicar como ver a gravidade de cada caso... preparados? Vamos lá!



Transtorno Ciclotímico:
Bem, basicamente esse transtorno é um tipo de bipolar, mas que não fechou critérios para tal. Os critério para tal seriam:
A.      Ter a pelo menos dois anos períodos de episódios hipomaníacos e depressivos, mas que não fecha critério para nenhum deles, tipo a pessoa não se vê bem neles, seja pelo tempo ou por não se perceber em um numero mínimo, por exemplo, uma pessoa que a única coisa do hipomaníaco é sentir-se com mais energia, mas nenhum outro, ou que sente tudo só por 1 ou 2 dias.
B.      O individuo não permanece sem os sintomas por mais de 2 meses consecutivos.
C.      Não satisfaz, realmente, os critério para nenhum episódio maníaco, hipomaníaco ou depressivo.
D.      Os sintomas não são melhores explicados por outro tipo de transtorno.
E.       Os sintomas não ocorrem por uso de alguma substância.
F.       Causam algum tipo de sofrimento ao indivíduo.

Transtorno Bipolar e Transtorno Relacionado Induzido por Substância/Medicamento:
Bem esta é bem simples e clara, sabe aqueles critérios/sintomas todos descritos anteriormente nos pots? Pois é simplesmente a idéia é que ele ocorram APENAS quando a pessoa faz uso de alguma substância.
Vale lembrar que essas alterações não podem ocorrer apenas durante o curso de algum Delirium e devem causar algum grau de sofrimento para a pessoa.
É importante tentar perceber se isso ocorre durante a intoxicação ou durante a abstinência da substância.

Transtorno Bipolar e Transtorno Relacionado Devido a Outra Condição Médica:
Simples, algumas doenças podem provocar os sintomas de um Transtorno Bipolar. Se for o caso o tratamento e feito conjuntamente com os profissionais que atendem o paciente.

Outro Transtorno Bipolar e Transtorno Relacionado:
É quando não se satisfazem os critério para nenhum outro dos transtornos, mas percebe-se que o paciente apresenta sim alguns transtorno do grupo, como por exemplo:
Ter episódios maníacos ou hipomaníacos curtos (2 ou 3 dias) e sintomas depressivos;
Ter episódios hipomaníacos, mas com sintomas insuficientes e episódios depressivos;
Ter um episódio hipomaníaco sem o episódio depressivo;
Ciclotimia de curta duração (menos de 24 meses).

Transtorno Bipolar e Transtorno Relacionado Não Especificado:
Esse aqui é simplesmente um olhar rápido, frequentemente utilizado em salas de emergência e atendimentos urgentes, quando não se consegue investigar muito bem a pessoa, mas percebe-se que pode apresentar algo do gênero.

Especificadores:
Bem eles não são um diagnóstico em si, eles entra junto ao diagnóstico como um algo a mais” no transtorno.
-Com sintomas ansiosos:
A pessoa se sente nervosa ou tensa, inquieta, dificuldade em se concentrar por estar preocupado, medo que algo ruim vá ocorrer,
-Com características mistas:
Quando a pessoa está passando por um episódio depressivo e, mesmo assim, tem, ao menos,  3 sintomas maníacos ou hipomaníacos, ou o contrário.
-Com ciclagem rápida:
Ocorrem 4 ou mais episódios de humor no ultimo ano.
-Com características melancólicas:
Quando a pessoa tem perda do prazer em todas, ou quase todas as atividades ou que não tem nenhum sentimento de alegria em acontecimentos que deveriam despertar tais sentimentos. Tem um desanimo profundo, com desespero e até um certo humor vazio, depressão pior pela manhã, despertar bem cedo pela manhã, muito antes do habitual, agitação ou retardo psicomotor, não se alimenta ou o faz em excesso e culpa em demasia ou inapropriada.
-Com características atípicas:
Ocorre no episodio depressivo maior, é quando a pessoa consegue sentir alguma alegria em acontecimentos bons, tem aumento do peso e do apetite, dorme muito mais que o normal, sensações de estar com o corpo muito pesado e sensibilidade exacerbada em rejeições interpessoais.
-Com catatonia:
Quando a pessoa fica extremamente apática, não se move, nem fala, fica quase como uma estátua, horas, dias, e até semanas.
-Com inicio no periparto:
Quando o inicio dos episódios está ligada a gestação ou após o parto.
-Com padrão sazonal:
Quando os episódios estão envolvidos com a época do ano, as estações ou festejos.
-Em remissão parcial:
Quando o episódio de humor está em fase final, e já não compreende todos os critérios anteriores, ou quando o episódio parou a menos de dois meses.
-Em remissão completa:
Quando não ocorrem sintomas a mais de dois meses.

Gravidade:
Está ligada a atualidade, a gravidade no agora.
Leve – um ou nenhum sintoma excedente aos necessários para fechar critério, os prejuízos são maleáveis e menores.
Moderado – A quantidade e a intensidade dos sintomas causam prejuízo, e requerem atenção.
Grave- O número de sintomas excede muito os necessários e os prejuízos são acentuados e de difícil manejo.

E daí pessoal, alguma dúvida ainda? Qualquer coisa comentem, mandem e-mail, fiquem a vontade!

Boa terapia a todos ;)






quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Transtorno Bipolar - tipo II

Olá... pois então, vamos continuar falando sobre o transtorno bipolar?

Começamos com o tipo I e agora uma rápida olhada no tipo II.

(Imagem ilustrativa, não pensem em fase maníaca, mas sim hipomaníaca)

Qual a diferença entre os tipos de transtorno bipolar?
Bem, simplesmente podemos perceber pela mania, lembra que a pessoa que sofre de transtorno bipolar tem episódios de humor depressivo, hipomaníaco e maníaco? Pois é no tipo II a pessoa não vivencia nenhum episódio maníaco, ou seja os sintomas de quando esta mais para o lado eufórico não chegam a uma gravidade tão grande. Obviamente a pessoa tem prejuízos, mas estes são mais referentes ao episódio depressivo e não a hipomania, assim é a doença mais fácil de confundir com a depressão.

Mas se é assim, porque essa diferença entre o bipolar tipo II e o depressivo?
Para saber o melhor tratamento. Principalmente o medicamentoso, se tratar um bipolar só com antidepressivo ele vai pular diretamente para a fase mais eufórica, e provavelmente, dessa forma, tenha um episódio maníaco, ou seja, mais grave que o hipomaníaco e passe a apresentar o transtorno bipolar tipo I.

Ok, tem uma diferença, mas porquê separar esses dois tipos?
Bem, pode-se perceber que o tipo II é menos grave que o tipo I e assim o prognóstico é bem melhor, o tratamento é diferente e pode ser mais curto, por isso é importante distinguir uma da outra.
O prognóstico é o curso da doença, ou seja como ela vai se desenvolver, se a pessoa tende a piorar com o tempo, melhorar, se os sintomas voltarão ou passarão, ou seja o quanto essa doença vai seguir prejudicando a pessoa, no caso do bipolar tipo II, esse prognóstico, como já mencionado, será melhor, ou seja, a doença vai interferir e prejudicar bem menos a pessoa que o transtorno bipolar tipo I.

Tem cura?
Bem, infelizmente ainda não. Sempre gosto de lembrar que a psicologia e a psiquiatria são ciências muito novas ainda, a toda hora sai uma nova pesquisa com um novo resultado, novos medicamentos, novos tratamentos, novas terapias, descobre-se mais e mais coisas sobre nós mesmos. Estivemos por muito tempo concentrado no que estava fora de nós, os outros, as outras coisas, o exterior a nós, e agora começamos a perceber a importância de voltar todo esse conhecimento olhando para dentro, pra gente. Aqui cabe uma frase célebre de um ótimo pensador da psicologia, Carl Jung:

(ainda no ritmo do dia do psicólogo hehehe)

Então acho que com o tempo pode ser encontrada novas formas de tratamento e quem sabe até mesmo uma cura. Mas por enquanto o que se consegue é a remissão dos sintomas, ou seja, aqueles sintomas que causam prejuízos pausam, não acontecem por um bom tempo, algumas vezes até não surgem mais, mas o mais comum é acontecerem de forma muito mais pausada que antes e de forma mais branda, com a pessoa conseguindo lidar com eles.


Para não perdermos o foco volto a colocar aqui os critérios dos episódios hipomaníaco e depressivo, com o grande destaque no hipomaníaco que o difere do maníaco:

Hipomania:
-Período com humor anormal e persistente elevado, expansivo ou irritável, com sentimentos de ter mais energia e fazendo muitas atividades, a duração mínima é de quatro dias, presente na maior parte do dia, quase todos os dias.
-Apresenta 3 ou mais desses sintomas:
     -Grandiosidade, se achar o máximo.
     -Menor necessidade de sono, consegue dormir bem menos e não sente falta.
     -Fala mais rápida ou fala muito mais que o normal.
     -Pensamento parecem que estão rápidos de mais, podendo ter até a sensação que as idéias fogem.
     -Muito distraído, qualquer coisa chama a atenção e não consegue focar em nada.
     -Consegue fazer muita mais do que faria seja no trabalho, escola, social ou sexualmente, ou também uma agitação não produtiva.
     - Faz coisas sem avaliar as conseqüências, comportamentos muito arriscados, como comprar de mais, ter relação sexuais desenfreadas, dirigir em alta velocidade, etc.
-O episódio é uma mudança clara no funcionamento da pessoa, ou seja, não é uma característica normal do individuo.
-Os outros percebem quando ocorre essa mudança.
-A perturbação no humor não chega a ser tão grave causando prejuízo acentuado à pessoa ou outros.
-Isso tudo não ocorre como efeito de nenhuma substância.

Episódio Depressivo:
-Ter no mínimo cinco dos seguintes sintomas a pelo menos duas semanas e como uma mudança do período
anterior, sendo que tem de apresentar ou o humor deprimido ou perda de
interesse ou prazer.
     -Humor deprimido na maior parte do dia, ou até mesmo um humor irritável (mais comum em crianças e adolescentes), percebido pela pessoa ou por outros.
     -Perda de interesse e prazer em fazer qualquer atividade.
     -Ganho ou perda de peso sem fazer dieta, ou ainda a redução ou o aumento do apetite.
     -Não conseguir dormir ou dormir mais que o normal.
     -Sentir-se muito agitado ou muito lento.
     -Sentir-se sem energia para realizar as atividades.
     -Sentir-se culpado ou inútil excessivamente e impropriamente.
    -Dificuldade em pensar e se concentrar ou até indecisão.
    -Vontade de morrer.
- Os sintomas causam sofrimento e prejuízo para a pessoa.
-Isso tudo não ocorre como efeito de nenhuma substância.

E dai conseguiram entender tudo galera? Ainda falta falar sobre o transtorno ciclotímico e outros 4 transtornos nessa categoria e ainda temos os especificadores... mas falta pouco agora e sempre tentarei trazer tudo de forma o mais explicadinha e sem palavras muito complicadas... espero que estejam gostando.

Sabiam que tinha esses dois tipos de bipolaridade? Comentem fiquem a vontade. Podem deixar dúvidas, críticas, sugestões, qualquer coisa.


Abraços a todos e ótima terapia ;)

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Dia do Psicólogo - 27 de Agosto

Bem uma postagem rápida, apenas para parabenizar todos meu amados colegas de profissão!

Hoje dia 27 de agosto é comemorado o dia do Psicólogo... porque? Na mesma data em 1964 a profissão foi finalmente regulamentada no Brasil!!!

Ser psicólogo é maravilhoso, é ser humano, é conviver com o ser humano, é ajudar o ser humano e assim auxiliar a nós mesmos!

Enquanto muitos desacreditam em nós, colocamos nossa fé e fazemos todo o possível para recuperá-la nos outros!

O ser humano é lindo em sua essência, e isso não precisa ser perdido com tempo e não o é, como psicóloga eu encontro todo dia com a face mais bela e encantadora do homem, claro que com a face mais terrível também, mas sei que existe também a bondade e a beleza em todos e isso que gosto de mostrar!

Ajudar a nós, seres humanos, a se perceber como alguém bom, belo, saudável, e capaz de ser feliz é o meu trabalho... e convenhamos... que trabalho maravilhoso.. que trabalho lindo... que trabalho que me faz feliz!!!

PARABÉNS A TODOS OS PSICÓLOGOS! E TAMBÉM A TODOS QUE BUSCAM ESSES PROFISSIONAIS QUANDO NECESSÁRIO!

Beijos e uma encantadora terapia à todos ;)






segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Transtorno Bipolar - tipo I

Olá Pessoal, bem
então vamos começar a falar dos transtornos? Óbvio que minha intenção não é dar uma aula e deixar todos formados em psicologia, mas sim para informar e ajudar todos a compreender e quebrar alguns preconceitos.

Pois então estava em duvida com onde começar, pensei em seguir a ordem da apresentação, mas depois escolhi iniciar por um dos transtornos mais comentados ultimamente... o Transtorno Bipolar...


Pra começar um vídeo bem simplificado, mas muito bom de ver com o básico do transtorno pra quem ficar com preguiça de ler:





E aqui uma explicação bem simplificada dos sintomas em ambos os estados:


Pois é pessoal, como mencionado do post anterior existe a categoria “TRANSTORNO BIPOLAR E TRANSTORNOS RELACIONADOS” e aqui existem dois tipos, o tipo I e o tipo II. Como são conteúdos bem extensos vamos ver hoje o tipo I e o tipo II em breve.

Espero que gostem ;)

TRANSTORNO BIPOLAR E TRANSTORNOS RELACIONADOS

TIPO I

Bem, acho que todos tem uma ideia sobre o que é esse transtorno, pode ter ou conhecer alguém que se considere, ou seja, realmente diagnosticado com esse transtorno.

Mas o que é esses tipos? Bem o tipo I é o mais clássico, é aquela imagem bem caracterizada do bipolar, com fases maníacas e depressivas, além de uma famosa fase chamada hipomania (estado mais leve de euforia, excitação, otimismo e de agressividade). Resumindo o característica mais notada e comentada sobre o bipolar são essas constantes mudanças de humor, porém elas não acontecem varias vezes durante um único dia como ficamos escutando por ai, mas na verdade ela acontece durando alguns dias na verdade em uma única fase e depois o humor muda novamente para a outra polaridade. Esses episódios de mudança acontecem poucas vezes no ano (menos de 4) do contrário pode-se pensar em ciclo rápido!

Então sua visão de bipolar começou a mudar? Pois é as coisas muitas vezes são bem diferentes do que se fala por ai. Mudanças de humor são comuns no dia-a-dia de qualquer pessoal, somos humanos e vivenciamos diversas questões que realmente fazem muita diferença no nosso humor acarretando em sua mudança, mas então como identificar se essa mudança é normal ou significa bipolar? Simples, essa mudança de humor, esses estados de humor provocam algum tipo de prejuízo para você ou outros? É muito intenso (exagerado) tudo isso que ocorre com você? Bem se você respondeu sim em alguma das questões então é bom buscar ajuda, pois é o sim nessas questões um dos principais sintomas. Obviamente isso é uma demonstração de um problema bem avançado, e só quando chega no pico é que procuramos ajuda.

Ainda em duvida sobre os tipos? A diferença está nos tipos de episódios, no tipo I a pessoa passa tanto por episódios depressivos, hipomaniacos e também o maníaco (ao menos uma vez), enquanto no tipo II ocorrem apenas o depressivo e o hipomaniaco de forma mais branda, sem o maníaco. E qual a diferença entre esses episódios? O que se passa na pessoa? Bem vou tentar colocar como na imagem, os critérios de cada episódio:

Mania:
-Período com humor anormal e persistente elevado, expansivo ou irritável, com sentimentos de ter mais energia e fazendo muitas atividades, a duração mínima é de uma semana presente na maior parte do dia, quase todos os dias.
-Apresenta 3 ou mais desses sintomas:
     -Grandiosidade, se achar o máximo.
     -Menor necessidade de sono, consegue dormir bem menos e não sente falta.
     -Fala mais rápida ou fala muito mais que o normal.
     -Pensamento parecem que estão rápidos de mais, podendo ter até a sensação que as idéias fogem.
     -Muito distraído, qualquer coisa chama a atenção e não consegue focar em nada.
     -Consegue fazer muita mais do que faria seja no trabalho, escola, social ou sexualmente, ou também uma             agitação não produtiva.
    - Faz coisas sem avaliar as conseqüências, comportamentos muito arriscados, como comprar de mais, ter             relação sexuais desenfreadas, dirigir em alta velocidade, etc.
-A perturbação no humor é tão grave que causa algum tipo de prejuízo à pessoa ou outros, seja ele social, profissional, etc.
-Isso tudo não ocorre como efeito de nenhuma substância.

Hipomania:
-Período com humor anormal e persistente elevado, expansivo ou irritável, com sentimentos de ter mais energia e fazendo muitas atividades, a duração mínima é de quatro dias, presente na maior parte do dia, quase todos os dias.
-Apresenta 3 ou mais desses sintomas:
     -Grandiosidade, se achar o máximo.
     -Menor necessidade de sono, consegue dormir bem menos e não sente falta.
     -Fala mais rápida ou fala muito mais que o normal.
     -Pensamento parecem que estão rápidos de mais, podendo ter até a sensação que as idéias fogem.
     -Muito distraído, qualquer coisa chama a atenção e não consegue focar em nada.
     -Consegue fazer muita mais do que faria seja no trabalho, escola, social ou sexualmente, ou também uma             agitação não produtiva.
    - Faz coisas sem avaliar as conseqüências, comportamentos muito arriscados, como comprar de mais, ter             relação sexuais desenfreadas, dirigir em alta velocidade, etc.
-O episódio é uma mudança clara no funcionamento da pessoa, ou seja, não é uma característica normal do individuo.
-Os outros percebem quando ocorre essa mudança.
-A perturbação no humor não chega a ser tão grave causando prejuízo acentuado à pessoa ou outros.
-Isso tudo não ocorre como efeito de nenhuma substância.

Episódio Depressivo:
-Ter no mínimo cinco dos seguintes sintomas a pelo menos duas semanas e como uma mudança do período anterior, sendo que tem de apresentar ou o humor deprimido ou perda de interesse ou prazer.
     -Humor deprimido na maior parte do dia, ou até mesmo um humor irritável (mais comum em crianças e adolescentes), percebido pela pessoa ou por outros.
     -Perda de interesse e prazer em fazer qualquer atividade.
     -Ganho ou perda de peso sem fazer dieta, ou ainda a redução ou o aumento do apetite.
     -Não conseguir dormir ou dormir mais que o normal.
     -Sentir-se muito agitado ou muito lento.
     -Sentir-se sem energia para realizar as atividades.
     -Sentir-se culpado ou inútil excessivamente e impropriamente.
    -Dificuldade em pensar e se concentrar ou até indecisão.
    -Vontade de morrer.
- Os sintomas causam sofrimento e prejuízo para a pessoa.
-Isso tudo não ocorre como efeito de nenhuma substância.

Bem, é muito comum que quando em fase maníaca ou hipomaniaca o indivíduo não perceba a doença, e até resista ao tratamento. Nessas fases podem ser que a pessoa mude a forma de se vestir, maquiagem, a aparência no todo, para algo com mais apelo sexual ou extravagante mesmo. Outros percebem-se com mais audição, olfato ou visão. Não é pouco comum pessoas se envolverem em jogos de azar também. Alguns tornam-se hostis e ameaçadores podendo, principalmente em caso de delírios, agredir fisicamente a si ou a outro e até mesmo cometer suicídio. Pela falta de juízo crítico a pessoa acaba se envolvendo em situações bem complicadas, sejam sociais, financeiras, familiares, etc.

A idade média de inicio do primeiro episódio é 18 anos.

Pessoas que tem mais de quatro episódios de humor no ano recebem também o especificar “com ciclagem rápida”.

Fatores de risco: residir em países desenvolvidos, ter renda alta, não ter cônjuge e familiar com a doença.

Questões culturais: baixo para afro-caribenhos e alta para norte-americanos.

Questões de gênero:  mais freqüente em mulheres, que tem mais sintomas depressivos e ciclagem rápida.

Suicídio: Risco 15 vezes superior ao da população normal.


Diferenciando de outros transtornos:
-Não será depressão?
Se tiver algum episódio de mania ou hipomania não é não. O tratamento é bem diferente.
-Não é outro transtorno bipolar? Se tiver ao menos um episódio maníaco anterior não é não.
-Não é ansiedade, pânico, pós traumático? Existe muita comorbidade, então é possível que além de Bipolar tipo I tenham outros transtornos.
-Não é bipolar induzido por substâncias? Ai é bom ver o histórico dos episódios, se eles só apareciam quando a pessoa fazia uso de alguma coisa.
-Não é TDAH? Em crianças os sintomas em mania são bem parecidos, e os da depressão podem vir em comorbidade com TDAH, por isso é importante o clinico ver o histórico dos episódios, para perceber se o são ou sintomas do TDAH.
- Não é personalidade? Bem gosto de pensar que na personalidade os sintomas acompanham o indivíduo desde que nasce, ou melhor, fica complicado de ver um inicio, realmente aquilo parece fazer parte do jeito de ser da pessoa.
- Não é irritabilidade acentuada? Aqui é ver se é um episódio maníaco ou hipomaniaco, com duração de
tempo ou se a pessoa está frequentemente passando por isso.



Por enquanto é isso pessoal. Ficou claro ou alguma dúvida? Qualquer coisa estou sempre disposta a responder nos comentários ou pelo e-mail psicologasamuelle@hotmail.com

Se alguém tiver interesse também tenho consultório no centro de Porto Alegre e atendo a todos que precisam, é só entrar em contato por aqui ou pelo e-mail.




Uma ótima terapia a todos ;)